DE VOLTA AOS ANOS 80

sábado, 30 de julho de 2011

A GATA E O RATO (1985)


A Gata e o Rato (Moonlighting), foi um seriado dos anos 80, inspirado no filme His Girl Friday, de 1940 estrelado por Cary Grant e Rosalind Russellfoi um grande sucesso e lançou ao estrelato o até então desconhecido ator Bruce Willis, lhe rendendo em 1987 um Globo de Ouro de melhor ator pela participação no programa.
O seriado misturava comédia, drama, mistério e romance  e era apresentado originalmente pela rede ABC. Estreou na televisão americana no dia 3 março de 1985 e rendeu 66 episódios com 44 minutos aproximadamente de duração cada, durante 5 temporadas.

Embora a série terminasse sua primeira temporada somente em vigésimo lugar, ela se restabeleceu chegando ao nono lugar nas temporadas de 1986-1987 e ainda conseguiram um décimo segundo lugar na temporada seguinte. As qualidades inovadoras da série mereceram uma menção dos diretores da "Guild of America", como uma melhores séries de drama e comédia dos últimos 50 anos da televisão.
A produção de A Gata e o Rato foi cercada de problemas. Atrasos com menos tempo do que os 45 minutos habituais, e a solução foi colocar Willis e Shepherd simplesmente falando para as câmeras para preencher a falha de tempo. O maior problema para os atrasos da série estavam justamente no que fazia dela um sucesso: seus roteiros. Tinham muito mais diálogos e eram 50% mais longos que qualquer outra série de TV da época.

Todos esses e outros problemas, chegaram ao ponto máximo a partir do momento em que o novo astro Bruce Willis começou sua bem sucedida carreira cinematográfica. Em fevereiro de 1987, Shepherd anunciou sua gravidez. A partir de então iniciou-se um ano em que, quando ela tinha condições médicas para trabalhar, era Willis que estava fora, fazendo algum filme. Com os dois atores principais disponíveis somente parte do tempo, e geralmente em épocas diferentes, além de inúmeros choques nos bastidores, a série foi cancelada, tendo seu último episódio exibido no dia 14 de maio de 1989.

A HISTÓRIA

Maddie Hayes (Cybill Shepherd) era uma bem sucedida modelo, até o dia em que seu empresário desapareceu com todo o seu dinheiro, deixando para trás somente uma das propriedades de sua cliente: a Agência de Detetives "Blue Moon". Mesmo esse "esquecimento" não era um último gesto de bondade do empresário: a agência havia sido criada apenas para dar prejuízo e gerar reduções nos impostos.

Convencida pelo funcionário David Addison (Bruce Willis), um cara dono de um estilo mais relaxado e tranqüilo que Maddie, de que a agência poderia dar lucro, ela começou a trabalhar como detetive. O trabalho da dupla era carregado de discussões e faíscas, criadas pelo choque entre a responsável e batalhadora Maddie e o cínico e folgado David. Os atritos, no entanto, acabavam se transformando em romance, pois David parecia estar sempre discutindo com Maddie, mas, na verdade, era apaixonado por ela. O romance era tão agitado quanto o relacionamento profissional dos dois e foram necessários dois anos para que os dois finalmente o iniciassem. Antes Maddie tinha se envolvido com Sam Crawford e teve até mesmo um casamento anulado. Quem vivia assustada com as brigas dos patrões e não perdia a chance de fofocar sobre eles era a eficiente secretária Agnes Topisco (Allyce Beasley) que não cansava de ver os dois saírem discutindo do escritório, quando já desconfiava que eram apaixonados um pelo outro. Com uma voz muito fanhosa, muito atrapalhada e fofoqueira, ela vivia fazendo rimas ou ficava plantada falando sozinha, depois de uma discussão entre David e Maddie. Na temporada posterior, Custis Armstrong, se uniu ao elenco interpretando um empregado temporário chamado Herbert Viola, que mais tarde passou a ser também investigador da agência.

Viola e Topisco acabaram tendo um relacionamento, que por sinal era muito parecido com seus patrões, pois se assemelhava a uma gata e um rato com constantes discussões, mas depois acabaram se apaixonando e passaram até a morar juntos. O casal era responsável também por grande parte das cenas cômicas da série.

NO BRASIL

No Brasil a série foi apresentada com o nome de A Gata e o Rato pela Rede Globo em meados da década de 1980, onde alcançou um grande sucesso. Após sua saída da emissora foi apresentada pelo SBT nos finais dos anos 90.
Também foi exibida pelo canal a cabo Sony (2003) e Multishow (2005).

FICHA TÈCNICA

Emissora: ABC.
Ano de Produção: de 1985 a 1989 (67 episódios).
Produtoras: ABC Circle Films e Picturemaker Productions.
Glenn Gordon Caron - Direção e criação.
Elenco: Cybill Shepherd - Maddie Hayes
              Bruce Willis - David Addison Jr.
              Allyce Beasley - Agnes DiPesto
              Curtis Armstrong - Herbert Quentin Viola (a partir de 1986)
Convidados regulares:
              Jack Blessing - MacGillicuddy
              Eva Marie Saint - Virginia Ginny Hayes
              Robert Webber - Alexander Hayes
              Charles Rocket - Richard Addison



quarta-feira, 20 de julho de 2011

SMURFS


O Smurfs foi um desenho animado, criados em 1958 pelo cartunista belga Pierre Culliford (1928-1992), mais conhecido como Peyo. Nos anos 80, os direitos da obra foram comprados pela Hanna Barbera e produzidos em animação entre 1981 e 1987. A série foi uma das mais populares dos anos 80, ganhou um Emmy e inspirou outro desenho: os Snorks. E até hoje é tema de expressões a teorias conspiratórias. Por acaso você leu a primeira frase deste texto e não conseguiu tirar a musiquinha da cabeça até agora? Segundo a Wikipedia (enciclopédia virtual), o verbo “smurfing” virou sinônimo para a ação de deixar alguém "com uma música na cabeça", pela repetição dos versos. E, antes que você consiga se livrar dela, lá vai: “Lala lalala la lalalala...”
 

A HISTÓRIA

Os Smurfs eram um grupo de duendes azuis, bem pequenos, tendo a altura equivalente a apenas três maçãs. Há muitos e muitos anos eles viviam no coração da floresta, na encantada Vila Escondida onde só entra quem for convidado, morando em casinhas de cogumelo.  O papai Smurf é o chefe de todos, e também o mágico da vila. Ele tem mais de 500 anos (os outros smurfs tem mais ou menos 100). Ele é o mais sábio, e serve como líder dos outros smurfs. A Smurfete é a única mulher da vila (pelo menos na maioria dos episódios). Ela foi criada por Gargamel para atrair os outros smurfs, mas a mágica de Papai Smurf a transformou numa charmosa smurf que todos na vila adoram. 

Gênio era o único smurf que levava tudo a sério, além de ser o mais inteligente e de sempre bolar os planos para fugir das emboscadas do Gargamel, mas por ser muito chato vivia sendo arremessado pelos companheiros; Joca era o mais brincalhão dos smurfs e às vezes deixava todos irritados com suas brincadeiras de mau gosto, como os seus presentes explosivos; Ranzinza estava sempre de mau humor e mesmo quando estava um pouquinho alegre nunca admitia; já o Harmonia tinha a alma de um grande músico, mas não o talento, por isso quando tocava sua corneta deixava os outros smurfs irritados; o Poeta vivia as voltas com sua caneta de pena e seu pergaminho, escrevendo prosas e  sonhando tanto com suas poesias, que as vezes nem percebia os perigos que se metia.

Apaixonado é o mais romântico dos smurfs e desde a chegada de Smurfete passava o dia sonhando com ela, escrevendo seu nome nos troncos das árvores; Vaidoso usava uma flor no chapéu e volta e meia estava se olhando no espelho; Robusto era o mais forte de toda a turma, o Habilidoso vivia trabalhando e consertando as coisas; Fominha  era o smurf mais esfomeado de todos e o cozinheiro da turma que fazia as sobremesas mais gostosas de toda a Vila e ficava muito zangado quando alguém roubava comida de sua casa; tinha ainda o Desastrado e o Bebê Smurf e a Sassete.

 Os Smurfs passavam seu tempo vivendo em seu cotidiano pacato até que fossem perseguidos pelo maligno feiticeiro Gargamel. O maior desejo de Gargamel era capturar alguns Smurfs para devorar, mas suas tentativas eram quase sempre em vão e quando ele finalmente conseguia essas pequenas criaturas sempre arranjavam uma forma de escapar. Como se não bastasse a maldade do vilão, os pequeninos ainda tinham que fugir do ajudante de Gargamel, o Espeto, e das garras do animal de estimação do feiticeiro, o gato Cruel, que mostrava bem o comportamento dos vilões do desenho só no seu famoso rosnado: “crueeeeeelll”.



DUBLADORES BRASILEIROS

Orlando Drummond .... Gargamel
Silvio Navas .... Papai Smurf
Adalmária Mesquita .... Smurfete
Thereza Teler .... Smurfete
Mário Monjardim .... Ranzinza
Júlio César .... Ranzinza
Mário Monjardim .... Cozinheiro
Garcia Jr. .... Gênio
Silvio Navas .... Fazendeiro
Júlio César .... Joca
Nelson Batista .... Robusto
Luiz Feier Mota .... Robusto
Mário Jorge .... Desastrado
Mário Monjardim .... Fominha
Silvio Navas .... Vaidoso
Júlio Chaves .... Arquiteto
André Luís Chapéu .... Falador
Viviane Farias .... Sassete

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

sábado, 2 de julho de 2011

TOTO


Toto, é uma banda de rock americana que fez muito sucesso, principalmente da década de 80.  Formada em Los Angeles no ano de 1977, por músicos veteranos de estúdio, uma característica marcante da banda era sua qualidade técnica, assim como a combinação de diferentes estilos musicais tais como pop, rock, soul, funk e jazz. Apesar de serem frequentemente associados ao soft rock, a variedade de seu som permitiu a sua popularização em uma ampla gama de ouvintes. Juntos, lançaram dezessete álbuns e venderam mais de trinta milhões de gravações.

FORMAÇÃO  

A banda foi formada em 1977 por seis músicos, que anteriormente haviam trabalhado regularmente com Steely Dan, Seals and Crofts, Boz Scaggs, Sonny and Cher e outros. Filho do famoso músico e arranjador Marty Paich, o tecladista David Paich se popularizou após coescrever o álbum Silk Degrees de Boz Scaggs. Após tocar em diversas sessões com o baterista Jeff Porcaro, os dois começaram a discutir a possibilidade de formar sua própria banda. Reuniram-se com o baixista David Hungate, já conhecido das turnês com Boz Scaggs. Também convidaram o guitarrista Steve Lukather e o tecladista Steve Porcaro (irmão do baterista Jeff Porcaro) para incrementar o grupo. Com a adição do cantor Bobby Kimball, o grupo começou a trabalhar em seu primeiro álbum em 1977, após assinar com a Columbia Records.

CARREIRA

O álbum de lançamento foi "Toto" em 1978, o álbum alcançou o Top Ten, com mais de dois milhões de cópias vendidas. Após seu lançamento, Toto entrou rapidamente nas paradas musicais, ganhando popularidade com o compacto "Hold The Line", assim como "I'll Supply the Love" e "Georgy Porgy". Décadas mais tarde, "Hold the Line" foi usada na trilha sonora do jogo eletrônico Grand Theft Auto: San Andreas, tocando na rádio especializada em rock clássico.
A banda ganhou atenção internacional e foi indicada para o Grammy de Melhor Artista Novo. No começo de 1979 a banda partiu para sua primeira turnê estado-unidense. Para os concertos eles levaram mais dois músicos, Tom Kelly (guitarra, vocal de apoio) e Lenny Castro (percussão). 
A combinação entre rock e a híbrida essencia que a banda tinha marcou seu primeiro disco. O album alcançou o Top Ten, com mais de dois milhões de cópias vendidas. "Hold the Line" foi o primeiro single da banda. 

Toto - Toto (1978) primeiro álbum
Em seguida viriam "Hydra", em outubro de 1979. Entre os compactos estava "99", inspirado no filme THX 1138, de George Lucas. Foram lançados quatro vídeos musicais do álbum, incluindo a canção título, que apesar disso nunca foi lançada como compacto. Apesar de não tão bem sucedido comercialmente quanto o álbum anterior, Hydra chegou ao disco de ouro, e o álbum culminou numa turnê tanto para Estados Unidos quanto para datas internacionais

Toto - Hydra (1979)
No início de 1981 lançaram "Turn Back", um álbum experimental com mais guitarras e menos teclados que os anteriores. A canção "Goodbye Elenore" foi o único compacto lançado pelo mundo. Devido ao desapontamento comercial, a turnê foi substanciamente menor que as anteriores.

Toto - Turn Back (1981)
Em abril de 1982, lançaram o álbum "Toto IV". Este álbum marcou a era mais bem sucedida do Toto. Após as fracas vendas de Turn Back, a banda foi pressionada pela gravadora para produzir um novo sucesso. Com Toto IV, lançaram um dos maiores sucessos da década de 1980. O álbum continha três compactos que atingiram o top 10 da Billboard Hot 100: "Rosanna"; "Africa" e "I Won't Hold You Back". Ao todo, o álbum ganhou seis prêmios no Grammy, incluindo Gravação do Ano para "Rosanna", Álbum do Ano e Produtor do Ano. "Rosanna" chegou a ser indicada múltiplas vezes. O álbum ganhou ainda mais reconhecimento com o lançamento de outro compacto, "Make Believe". O grupo entrou em turnê de suporte ao álbum, e perto do fim Bobby Kimball quebrou a perna, sendo forçado a se apresentar constantemente sentado atrás do piano nos concertos restantes.


Toto - IV (1982)

Richard Page da banda Mr. Mister chegou a ser convidado para substituí-lo, mas recusou para continuar em sua própria banda. Fergie Frederiksen (ex-Trillion e Louisiana's LeRoux) foi trazido como novo vocalista, e a banda gravou "Isolation", lançado em novembro de 1984. Apesar de Bobby ainda cantar parte das faixas antes de sair, a quantidade exata é desconhecida. David Paich diz ser cerca de um terço, Steve Lukather também diz ser somente três ou quatro faixas, mas Kimball alega ser a maioria do álbum. Entretanto, alguns dos vocais de apoio de Bobby Kimball foram deixados na gravação. Apesar de ter sido um sucesso comercial, Isolation não alcançou Toto IV, chegando a somente disco de ouro.
Após o lançamento de Toto IV, o baixista David Hungate deixou o grupo para passar mais tempo com sua família, se mudando para Nashville em 1980 em busca de uma carreira de produção musical. Mike Porcaro o substituiu no baixo e apareceu em todos os vídeos musicais do álbum. O cantor Bobby Kimball foi demitido em 1984 devido a problemas pessoais entre ele e a banda.

Toto - Isolation (1984)
No fechamento da turnê de Isolation, Fergie Frederiksen também foi demitido. Lukather alegou que a banda não se entrosava bem com ele em estúdio. As audições para um novo cantor começaram, resultando na escolha de Joseph Williams, filho do famoso compositor John Williams e a atriz Barbara Ruick. Com a nova formação, escreveram e gravaram "Fahrenheit", lançado em outubro de 1986, que já havia sido começado com a presença de Frederiksen; a faixa "Could This Be Love" chegou a ser lançada com o vocal de apoio do cantor.
Fahrenheit mostrou a banda se voltando para o pop, apresentado os compactos "I'll Be Over You" e "Without Your Love". Também há a composição instrumental "Don't Stop Me Now", executada com o notável músico de jazz Miles Davis. No vídeo musical de "Till the End", a até então desconhecida Paula Abdul apareceu como dançarina. Após o fim da turnê em 1987, Steve Porcaro deixou o grupo para a composição de trilhas sonoras para cinema e televisão. Apesar de não tão bem sucedido quanto os anteriores, o álbum chegou anos mais tarde ao disco de ouro, em outubro de 1994.

Toto - Fahrenheit (1986)
Steve Porcaro acabou nunca sendo substituído, e o grupo continuou com somente cinco membros. Apesar dele ajudar o grupo ocasionalmente nos sintetizadores dos álbuns seguintes, e aparecendo também na turnê de 1988, David Paich assumiu grande parte do trabalho nas teclas a partir de então. Em 1988 a banda lançou seu próximo álbum "The Seventh One", com Jon Anderson do Yes no vocal de apoio no compacto "Stop Loving You".

Toto - The Seventh One (1988)
Apesar do sucesso da turnê de The Seventh One, após seu fim a banda decidiu substituir o vocalista Joseph Williams. Durante a parte europeia o cantor havia perdido sua voz em diversas apresentações devido a uma combinação de gripe e abuso de festas e drogas, levando o restante do grupo a decidir em favor da mudança. A banda queria reunir o vocalista original Bobby Kimball para gravar novas canções, mas a gravadora insistiu na contratação do cantor sul-africano Jean-Michel Byron. Com ele, a banda já gravou quatro novas canções, incluídas no álbum de compilação "Past to Present 1977-1990", lançado em 1990.
Logo após o término da turnê de suporte ao álbum, tornou-se claro que a imagem e a apresentação de Byron não combinava com a visão da banda para seus concertos, e ele foi demitido. Dada a recepção negativa do músico aos fãs da banda, a maioria de suas apresentações foram removidas do álbum de vídeo "Toto Live", sendo ele listado somente como vocalista de apoio nos créditos.

Toto - Past to Present 1977-1990 (1990)
O que seguiu foi a tragédia da morte de Jeff Porcaro; em 5 de agosto de 1992, Jeff sofreu uma reação alérgica de um pesticida usado em seu jardim, mas já havia gravado o próximo álbum do grupo, "Kingdom Of Desire". A banda quase terminou por conta desse evento, mas a família do músico insistiu na continuação. Simon Phillips foi o único baterista contratado para substituí-lo, tendo em vista que Porcaro gostava dele, e porque Lukather já havia trabalho com Simon numa turnê anterior com Santana e Jeff Beck no Japão em 1986. O Toto entrou em turnê em memória de Jeff.

Toto - Kingdom Of Desire (1992)
Em 1995, lançaram "Tambu", seu primeiro álbum com Simon Phillips. Diferente do som anterior da banda, apresentava uma abordagem mais orgânica. Foram lançados os compactos "I Will Remember", "Drag Him To The Roof" e "The Turning Point", mas o álbum não vendeu nos Estados Unidos. Entretanto, a turnê se mostrou bem sucedida, apesar de não constar datas nos Estados Unidos. Simon Phillips sofreu problemas de coluna, sendo substituído por Gregg Bissonette na primeira parte da turnê no fim de 1995.

Toto - Tambu (1995)
O Retorno de Bobby Kimball em 1997, marcou o vigésimo aniversário do grupo, e em comemoração David Paich e Steve Lukather passaram a revisar fitas antigas para uma gravação especial de canções não lançadas. Em 1998 lançaram Toto XX, que incluía o compacto "Goin Home". Entraram numa pequena turnê promocial com os antigos membros Bobby Kimball, Steve Porcaro e Joseph Williams. Após os concertos, Bobby Kimball reassumiu seu posto após quatorze anos. A banda lançou "Mindfields" no começo de 1999 e embarcou na turnê Reunion, apresentando-se nos Estados Unidos após seis anos. O álbum incluiu os compactos "Melanie", "Cruel" e "Mad About You". O álbum ao vivo "Livefields" também foi lançado posteriormente. Apesar da turnê ter terminado em 2000, algumas apresentações ainda ocorreram no ano seguinte

Toto - Mindfields (1999)
Em 2002, em celebração do 25º aniversário, o Toto lançou Through the Looking Glass, um álbum de tributo às influências musicais da banda, como Bob Marley, Steely Dan, George Harrison e Elton John. Dois compactos foram lançados, "Could You Be Loved", de Bob Marley, e "While My Guitar Gently Weeps", dos Beatles. O álbum não foi um sucesso comercial, mas a partir dele havia material para uma turnê comemorativa entre 2002 de 2003. Após os concertos a banda lançou um álbum ao vivo e um DVD.

Toto - Through the Looking Glass(2002)
A partir de junho de 2003, perto do fim da turnê comemorativa, o tecladista deixou os palcos para se dedicar a um familiar enfermo. Conhecido por seu senso de humor, Steve Lukather lançou um boato falso de que Paich estava se preparando para uma mudança de sexo, tornando-se "Davida". A história foi publicada no site oficial da banda, e comentada pela mídia internacional. Após recepção negativa, o boato foi removido e Lukather se desculpou pelo ocorrido. O tecladista Greg Phillinganes preencheu o lugar de Paich no restante da turnê.
Em 2004 a banda começou uma pequena turnê mundial, com aparições esporádicas de David Paich, sendo novamente substituído por Greg quando ausente. Em 2005, Greg foi convidado a se tornar membro oficial do grupo, e David acabou também se despedindo das turnês. Ele continuou como integrante do grupo, mas somente nas gravações e produções da banda.
No início de 2006, o Toto lançou Falling in Between, seu primeiro álbum de inéditas desde 1999. A obra apresenta um trabalho extensivo no teclado de Steve Porcaro, e um dueto com Joseph Williams no primeiro compacto, "Bottom of Your Soul". O álbum recebeu críticas positivas tanto da mídia quanto dos fãs. Após o lançamento, a banda entrou numa grande turnê mundial em 2006, continuando em 2007 para a segunda parte. Em 2007, contou com Leland Sklar substituindo Mike Porcaro nos baixos, devido a problemas de saúde. O álbum duplo Falling in Between Live foi lançado pela Eagle Records para comemorar a turnê.

Toto - Falling in Between (2006)

O FIM DA BANDA

Após rumores, em 5 de junho de 2008 Steve Lukather anunciou em seu site pessoal o fim da banda. Em 5 de abril a banda havia se apresentado pela última vez, em Seul. Nos 31 anos de existência a banda vendeu trinta milhões de gravações. Foi anunciado em 26 de fevereiro de 2010 que a banda estava se reunindo para uma breve turné de verão na Europa para ajudar Mike Porcaro que foi diagnosticado com Esclerose lateral amiotrófica. A formação da banda para estes shows conta com David Paich, Steve Lukather, Steve Porcaro, Simon Phillips, Joseph Williams e o baixista Nathan East como músico convidado.

MORRE FERGIE FREDERIKSEN

Fergie Frederiksen

Em 18 de janeiro de 2014 aos 62 anos. Ele passava por sua segunda batalha contra um câncer terminal. Foi postado o seguinte texto na página oficial de Fergie Frederiksen:
"É com muito pesar que eu anuncio a vocês que meu irmão do peito Fergie Frederiksen faleceu hoje. Ele não teve dor, seu legado sobreviverá!"
O último trabalho do vocalista foi em sua carreira solo, com o disco “Any Given Moment”, divulgado em agosto de 2013.

MORRE MIKE PORCARO


Mike Porcaro
Em 15 de março de 2015, aos 59 anos, em decorrência de esclerose lateral amiotrófica. A notícia foi confirmada pelo seu irmão e colega de banda, Steve Porcaro, no Twitter.
“Nosso irmão Mike faleceu em paz, enquanto dormia, em casa, cercado pela família. Descanse em paz”.
Porcaro deixou o grupo em 2007, devido aos sintomas físicos da doença, ele entrou para o Hall da Fama da Música junto com os companheiros em 2009. No ano seguinte, após uma pausa, foi anunciada por eles uma turnê mundial para arrecadar fundos contra a doença.

A VOLTA DA BANDA

Com uma formação enxuta e que conta com David Paich (vocais e teclados), Steve Lukather (vocais e guitarra), o retorno de Steve Porcaro (vocais e teclados) e de Joseph Williams (assumindo os vocais principais), a banda retornou as atividades com o lançamento do álbum Toto XIV em 2015. Para o novo disco a banda contou com os músicos de estúdio Keith Carlock (bateria) e David Hungate (substituindo Mike Porcaro no baixo, que faleceu em março de 2015), além do convidado especial Michael McDonald (Steely Dan/Doobie Brothers).


Toto -  XIV (2015)

INTEGRANTES

Steve Lukather – guitarra, vocal, teclado, bandolim (1977–2008; 2010-presente)
David Paich – teclado, vocal (1977–2008; 2003-2008; 2010-presente)
Simon Phillips – bateria, percussão, teclado (1992–2008; 2010-presente)
Steve Porcaro – teclado, sintetizador (1977–1988; 2010-presente)
Joseph Williams – vocal (1986–1988; 2010-presente)
Nathan East - baixo (ao vivo) (2010-presente)
Bobby Kimball – vocal e teclado (ocasionalmente) (1977–1984; 1998–2008)
Mike Porcaro– baixo, violoncelo (1982–2007)
Greg Phillinganes – teclado, vocal (2005–2008)
David Hungate – baixo (1977–1982)
Fergie Frederiksen – vocal (1984–1985)
Jeff Porcaro – bateria, percussão (1977–1992)
Jean-Michel Byron – vocal (1990)
Leland Sklar - baixo (ao vivo) (2007-2008)


ÁLBUNS DE STÚDIO

1978 – Toto
1979 – Hydra
1981 – Turn Back
1982 – Toto IV
1984 – Isolation
1986 – Fahrenheit
1988 – The Seventh One
1992 – Kingdom of Desire
1995 – Tambu
1999 – Mindfields
2002 – Through the Looking Glass
2006 – Falling in Between
2015  Toto XIV


ÁLBUNS AO VIVO

1993 – Absolutely Live
1999 – Livefields
2003 – Live In Amsterdam
2007 – Falling in Between Live


sábado, 25 de junho de 2011

MULHER NOTA 1000 (1985)


Mulher nota 1000 (Weird Science em inglês) é um filme norte-americano de 1985, do gênero comédia, dirigido por John Hughes, e com trilha sonora do grupo Oingo Boingo.

O FILME

Gary e Wyatt são dois típicos nerds. E querem o que todo menino de 16 anos quer: amigos, popularidade, ir bem na escola. Ahn... nada disso. Eles querem mesmo é conhecer garotas. Mas, como bons nerds, não são muito bons nisso (afinal, não é desses sujeitos tímidos e desajeitados que todas as comédias românticas de adolescentes são feitas? O que seria da gente sem eles?).
Um dia, vendo um filme de “Frankestein”, eles têm a mirabolante idéia: já que não conseguimos sozinhos, porque não criar uma personal-mulher-perfeita???


Para isso, eles usam vários recortes de revista de mulher pelada e fotos que encontram em sites na internet pré-histórica que já existia na época. Eles colocam os dados no computador de Wyatt (um Memotech MTX512), e... a geringonça (hoje seria peça de museu!) começa a fazer uns barulhos estranhos, parece que sofre um curto-circuito. De repente, a porta do banheiro começa a tremer e explode. Através de uma fumaça iluminada de rosa, eles vêem... Kelly LeBrock (Lisa, no filme). Eles conseguiram!
E a mulher nota 1000 é muito mais do que o que eles esperavam: além de lindona (bocão, pernão, peitos e... ahn, um cabelo gigantesco devia ser bonito na época), ela é esperta e muito bacana. Logo consegue transformar os garotos em super-populares e os ajuda a conquistar as garotas de seus sonhos. 
Lisa consegue até dar um jeito no irmão mala de Wyatt, Chet. Como os irmãos mais velhos de filme, ele é fortão e adora deixar a vida dos outros um inferno. Mas nada em que Lisa não possa dar um jeito, é claro. Depois de resolver os problemas dos garotos e depois de metê-los em um monte de confusões, Lisa vai embora, em seu carro vermelho.
E... Kelly vai embora, mesmo. Depois de deixar jovens e marmanjos babando em Mulher Nota 1000 e A Dama de Vermelho, a atriz virou um símbolo sexual dos anos 80, e sumiu das telonas. Deve ter voltado para o seu planeta.

O filme é mais um da produção de John Hughes, o mestre dos filmes para adolescente dos anos 80 (onde você já viu esse nome? Em Curtindo a Vida Adoidado, Garota de Rosa Choque, Clube dos Cinco). Os filmes de Hughes costumam ter vários elementos em comum: a cidade de Shermer, Illinois é palco para grande parte das histórias. A escola secundária “Shermer High School”, em que estudam Gary e Wyatt, é a mesma de “Clube dos Cinco”.  
Aliás, falando em nomes, o nome da personagem de Kelly, Lisa, foi inspirado no primeiro computador pessoal com interface gráfica da Apple, o Apple Lisa.
O filme mais tarde viraria série de TV, de 1994 a 1997. Mas não com o mesmo sucesso. O filme ainda não saiu em DVD por aqui, mas você pode encontrá-lo em VHS – nas versões mais antigas da fita, a sinopse do lado de trás conta até o final do filme, pode? Coisas da CIC Video.

CURIOSIDADES

 - LeBrock, uma modelo de sucesso, havia se tornado muito conhecida após sua participação no filme A dama de vermelho, com Gene Wilder.
 - O filme segue a fórmula consagrada de comédia adolescente norte-americana dos anos 80, especialidade do diretor John Hughes. A trama é centrada nos conflitos de jovens deslocados do ambiente escolar. Curiosamente, mesmo após criarem a mulher perfeita, Gary e Wallace continuam atrás das garotas da escola que os desprezam.
 - O filme deu origem a uma série de televisão, que foi ao ar entre 1994 e 1997.
 - O ator Steve James, famoso pelos filmes O Guerreiro Americano e Comando Delta, aparece uma pequena ponta na cena em que Lisa (Kelly LeBrock), Gary (Anthony Michael Hall) e Wyatt (Ilan Mitchell-Smith) aparecem conversão com um grupo de caras bem mais velhos que os garotos que criaram Lisa.

FICHA TÉCNICA

Nome do Filme: Mulher Nota 1000
Título original: "Weird Science"
Pais: Estados Unidos
Ano: 1985
Duração:94 minutos.
Série: "Weird Science" exibida nos EUA entre 1994 e 1997.


ELENCO

Anthony Michael Hall - Gary Wallace
Kelly LeBrock - Lisa
Ilan Mitchell-Smith - Wyatt Donnelly
Bill Paxton - Chet Donnelly
Suzanne Snyder - Deb
Judie Haronson - Hilly
Robert Downey Jr. - Ian
Robert Rusler - Max
John Hughes - Direção e roteiro


TRILHA SONORA

Weird Science (Oingo Boingo)
Turn it on (Kim Wilde)
Tubular Bells (Mike Oldfield)
Tesla Girls (OMD)
Wanted Man (Ratt)
Don´t Worry Baby (Los Lobos)
Method to My Madness (Lords of the New Church)
Eighties (Killing Joke)
Why Don´t Pretty Girls Look at Me (Wild man 
 form Wonga)                                         Tenderness (General Public)

sábado, 18 de junho de 2011

SUPER TRUNFO


Lançado pela Grow na década de 70, Super Trunfo foi um dos jogos de maior sucesso feitos pela empresa, e não é à toa que até hoje é um passatempo indispensável para todas as idades.Mesmo sendo lançado nos 70, foi só nos anos 80 que esse incrível jogo de cartas se popularizou. O grande destaque dele, é que de tempos em tempos é lançado um tema diferente, um atrativo do jogo para não sair de moda e um prato cheio para fãs e colecionadores de plantão.
Dentre os temas lançados até hoje, podemos encontrar: carros antigos, carros de corrida, aviões, caminhões, motocicletas, cães de raça, gatos, dinossauros, tubarões, países e até temas específicos como, super heróis da marvel, cavaleiros do zodíaco ,NBA, Volksvagem, etc...
Muitas empresas tentaram produzir jogos semelhantes, como o Super Coluna e o 4 Match, que chegaram a rivalizar com o Super Trunfo nos anos 80, mas não emplacaram e não são mais comercializados.


O jogo consiste em tomar todas as cartas em jogo dos outros participantes por meio de escolhas de características de cada carta (ex. velocidade, altura, longevidade). O jogo comporta de dois a oito participantes e tem classificação livre, podendo ser disputado por qualquer pessoa alfabetizada.
O jogo é caracterizado pela embalagem plástica simples que vem em uma cartela de papelão, as regras vêm encartadas no verso da própria etiqueta. Tradicionalmente, estão em disputa 32 cartas, divididas em oito grupos de quatro cartas (A1-A4, B1-B4, ... H1-H4), sendo que uma delas é a carta "Super Trunfo" que ao entrar em disputa pode ser invocada para tomar as outras cartas na mão dos oponentes.
Ele pode ser considerado jogo de azar ou melhor, de sorte, porque antes de começar o jogo as cartas se misturam e se der sorte de pegar as melhores cartas, mesmo assim há quem resista um bom tempo no jogo e até ganhe conhecendo bem as cartas e sabendo escolher as melhores características de cada carta.
Para quem curte jogar online, já tem uma versão oficial online do Super Trunfo para disputa com outros participantes no portal de jogos multiplayers Gametrack. O serviço é cobrado em forma de assinaturas (mensais, trimestrais ou semestrais), mas há disponível um período grátis para experimentação. Esta versão do jogo está fiél às regras do original e foi feita sob licença da Grow, pela desenvolvedora brasileira de jogos Devworks.

PROFISSÃO: PERIGO (1985)

MacGyver (no Brasil, Profissão: Perigo) foi uma série de televisão americana exibida entre a década de 1980 e 1990. O título original da série tem o nome do protagonista, Angus MacGyver, um agente secreto que não usava armas e resolvia os seus problemas graças a conhecimentos científicos, engenhocas, e ao seu bem amado canivete.
A série criada por Lee David Zlotoff e produzido por Henry Winkler, estreou nos Estados Unidos no dia 29 de Setembro de 1985 e ficou no ar até 21 de Maio de 1992 na rede ABC. Foi filmada primeiramente em Vancouver, Columbia Britânica, Canadá.
Os responsáveis pelos truques da série eram dois consultores científicos, John Koivula e Jim Green, a quem a equipe recorria para assuntos como estes. Na verdade, o que acontecia na maioria das vezes era que os escritores criavam uma situação adversa que MacGyver teria de contornar e quem dava a solução eram os dois consultores. Claro que alguns casos não requeriam uma base científica e os próprios escritores criavam saídas para o herói.

A HISTÓRIA

Angus MacGyver, nasceu e se criou em Minnesota.  Graduou-se em uma escola técnica fictícia chamada Western Tech onde obteve Bacharelado em Física. Seu primeiro nome foi um mistério até a temporada final, pois ele nunca o mencionava por não gostar dele.
MacGyver trabalhava como agente da DXS - Departamento de Serviços Externos, a partir do segundo ano da série ele passou a trabalhar para a Fundação Fênix, uma instituição contratada pelo governo e empresas para resolver os mais diversos problemas. MacGyver enfrentava casos desde causas ambientais a intrigas internacionais, sob o comando do Diretor de Operações e amigo Peter Thornton (Dana Elcar), também ex-agente da DXS.
O herói também tinha a ajuda do aviador e amigo Jack Dalton (Bruce McGill), que vive tentando arranjar uma maneira de enriquecer facilmente. Vive com um quepe de aviador e um tique nervoso no olho quando mente.
  
 MacGyver não usa armas devido a um incidente durante a infância, segundo o pensamento do herói, dá para se fazer muito mais coisas com uma arma de fogo do que apenas dispará-la. Ao invés disso, apenas usa muita criatividade e conhecimento geral para combater o crime. O maior talento de MacGyver é seu conhecimento de química, física e outras ciências, que o torna capaz de utilizar objetos que encontra para solucionar seus problemas. Barbante, chiclete, chocolate, plástico, seja lá o que tiver nos bolsos, MacGyver será capaz de transformar em equipamento, por isso mesmo ele costuma resolver as missões da Fundação Fênix sem causar mortes. Esforça-se muito para esconder o seu primeiro nome, Angus. 

NO BRASIL

A série fez tanto sucesso que se tornou algo típico do domingo classe média brasileiro, como a corrida de Fórmula 1, por exemplo, quando foi exibida pela Rede Globo. A emissora criou uma abertura exclusiva para exibição do seriado utilizando um pequeno trecho da música Tom Sawyer, da banda canadense Rush.
Para aproveitar o sucesso do seriado a empresa de brinquedos Glasslite lançou um canivete especial com o nome do personagem, peça que que se tornou muito conhecida no Brasil.
Os quatro primeiros anos de Profissão Perigo teve a dublagem no Brasil da Herbert Richers e a VTI - Rio dublou os três últimos anos. MacGyver teve dois dubladores por aqui,  Júlio César e Gárcia Jr., este último mais conhecido por fazer a voz de He-Man e dos personagens de Arnold Schwarzenegger.

ELENCO

Richard Dean Anderson - MacGyver
Dana Elcar - Peter Thornton
Bruce McGill - Jack Dalton

sábado, 7 de maio de 2011

CORRIDA MALUCA



A Corrida Maluca (Wacky Races em inglês) foi talvez um dos desenhos mais superpopulosos da época. Cadê o protagonista? Eram muitos! Ao todo, 23 competidores - entre homens, bichos e alguns seres esquisitos - espalhados por 11 carros, que corriam por vários cenários dos Estados Unidos. Mas é claro que alguns faziam mais sucesso que os outros, e é provavelmente é deles que você se lembra quando pensa no desenho: a Penélope Charmosa, o Dick Vigarista, a Quadrilha da Morte e... Mutley, é claro (calma, calma, justiça será feita: eu ainda falo de todos, igualmente. Veja aqui).


O enredo do desenho era quase sempre o mesmo: ver quem chega primeiro à linha de chegada. E praticamente não havia regra nenhuma. Um carro comum podia correr ao lado de um avião e Dick Vigarista ficava livre para fazer o que bem entendesse para atrapalhar os adversários: preguinhos, óleo e engenhocas destruidoras. Mas é claaaro que ele nunca se dava bem no final. E além de não ter vencido sequer uma corrida em 34 episódios, ele ainda tinha que aturar a risadinha sarcástica de seu cão-cúmplice. 
A série fez sucesso no mundo todo, mas por aqui a empolgação foi tanta que A Corrida Maluca foi um dos poucos desenhos a ser exibido em todos os canais e TV aberta - do Bozo ao Capitão Aza, na tv Tupi. E a Hanna Barbera, que não é boba nem nada, logo criou vários "filhotes" do desenho: "Dick Vigarista e Mutley em Máquina Voadoras" (1968), "Os Apuros de Penélope Charmosa" (1969) e "Corrida Espacial".

A inspiração veio dos grandes filmes de corrida da época, como "Monte Carlo or Bust" (1969), "Esses Homens Maravilhosos com Suas Máquinas Voadoras" (1968) e "A Corrida do Século" ("The Great Race", de 1965). No último, dá até para identificar a origem da Penélope Charmosa, na personagem de Natalie Wood. O personagem de Tony Curtis, par romântico da mocinha, é a cara (ou pelo menos tem o mesmo jeitinho) do Peter Perfeito, o único competidor que realmente tinha um carro de corrida.

PERSONAGENS


Carro 00 - Dick Vigarista e Mutley (Dick Dastardly)
Se não eram os principais, pelo menos eram os personagens mais divertidos do desenho. Pilotando a Máquina do Mal, o plano dos dois vilões é vencer destruindo os outros competidores. Mas... o crime não compensa: o carro 00 nunca ganhou uma corrida. "Raios! Raios Duplos!" Os dois vilões fizeram tanto sucesso que mais tarde ganharam o próprio desenho: "Dick Vigarista e Mutley em Máquina Voadoras" (1968).


Carro 1 - Irmãos Rocha
Pilotando um carro pré-histórico que parece saído dos Flintstones (ou que os teria inspirado), esses dois homens das cavernas passam o tempo todo se batendo com as toras. Diz a lenda que eles são parentes do Capitão Caverna. E macacos me mordam, se não forem!

Carro 3 - Professor Aéreo (ou Pat Pending) - É um carro? Um avião? Um barco? O veículo do professor Pat Pending (um daqueles cientistas malucos, cujo nome que parece uma brincadeira com "Patente pendente") é uma engenhoca que se adapta a qualquer tipo de terreno.

Carro 4 - Barão Vermelho - Inspirado no piloto alemão da Segunda Guerra, o Barão Vermelho pilota um avião sobre rodas.


Carro 5 - Penélope Charmosa - Como a única mulher do desenho, ela faz jus ao nome (que em inglês é Penelope Pitstop). Delicada, cor-de-rosa e sempre arrumadinha (até o carro usa maquiagem!), a Penélope arranca suspiros de Peter Perfeito, o galã da corrida. Para nunca perder o charme, o carro (em inglês, Compact Pussycat) está muito bem equipado, com um secador de cabelo, spray de perfume e pó de arroz. Mais tarde, ela ganhou um desenho próprio: em "Os Apuros de Penélope", ela se vê às voltas com Tião Gavião, um caçador de recompensas de olho em sua fortuna. Para salvá-la em cada episódio, também foram importados da "Corrida" os sete baixinhos da Quadrilha da Morte.


Carro 6 - Carro-Tanque - Sim, é um tanque de guerra! Pilotado pelo sargento Bombada e seu soldado, eles passam por cima de qualquer obstáculo. Ou usam o canhão para destrui-lo.


Carro 7 - Quadrilha da Morte - A Quadrilha é formada por sete mini-gângsteres, que pilotam um carro dos anos 20. Eles lembram os sete anões: Clyde (o líder), tudo juntos, e até sentam todos juntos no banco da frente do furgão quando é para arquitetar um plano. Dum Dum (o bobo), Pockets (que carrega as bugigangas), Zippy (o super-rápido), Snoozy (o soneca), Softy (o chorão) e Yak Yak (o nervoso).


Carro 8 - O Caipira Luke (ou Tomás) - Luke, um caipira tranquilo, e Chorão, um urso medroso, parecem personagens da família Buscapé.


Carro 9 - Peter Perfeito - Peter, como você já deve saber a essa altura do texto, é o galã da corrida. Com seu carrão e o visual impecável, ele está sempre tentando impressionar a Penélope.

Carro 10 - Rufus Lenhador - Rufus é um lenhador-montanha de músculos. Junto do castor Dentes de Serra (que tem cara de nerd), pilota o serromóvel, um carro com rodas de serra que passa por cima de qualquer coisa.

FICHA TÉCNICA

Título original: "Wacky Races" - Estados Unidos, 1968.
 Série de animação produzida pela Hanna Barbera Studios de 1968 a 1970
- 34 Episódios
Criadores: Jerry Eisenberg e Iwao Takamoto
Ainda passa: Boomerang (Cartoon Network)