DE VOLTA AOS ANOS 80

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

METRÔ


A década de 80 foi um período recheiado de opções no mundo musical, e muitas vezes ao falar dos anos 80, lembramos sempre de bandas internacionais, e eu me incluo nesse grupo, mas não podemos esquecer das bandas nacionais que marcaram a nossa época de infância e é por isso e por muitos pedidos. falarei também sobre o assunto.
Vou começar falando da banda Metrô, que foi uma banda nacional que misturava new wave e tecnopop formada em 1979 por cinco amigos e alunos do Lycée Pasteur na Vila Mariana na cidade de São Paulo
Formado por Virginie Boutaud (voz), Alec Haiat (guitarra), Yann Lao (teclados), Xavier Leblanc (baixo), Dany Roland (bateria) - todos eles franceses ou filhos de franceses radicados no Brasil , a banda ficou conhecida na primeira metade da década de 1980, quando obteve enorme sucesso nas paradas brasileiras através de várias canções de seu LP de estreia Olhar, "Beat Acelerado", "Sandalo de Dândi","Johnny Love", "Ti Ti Ti" e "Tudo Pode Mudar".

O INÌCIO

A banda nasceu com o nome de "A Gota" e depois "A Gota Suspensa" com inumeras formações, Otavio Fialho, Marcia Montserrath, Marcelo Zimberg, Freddy Haiat, Eli Joory, Mike Reuben, Deborah Srour, Helcio Muller, Vera Figueiredo entre outros, influenciados pelos anos 60 e 70 (Beatles, Tropicália, Novos Baianos, Rita Lee, Pink Floyd, etc). Com esse nome, o grupo lançou um LP independente em 1984. Apesar de não obter repercussão comercial, o disco chamou a atenção de varias gravadoras entre elas a CBS Records, que os contratou. A Gota mudou de nome e passou a se chamar "Metrô". O grupo também deixou o estilo rock progressivo e adotou uma linha mais pop rock, influênciados pela "new wave" (Blondie, Talking Heads, Laurie Anderson e Rita Lee).

O GRANDE SUCESSO

No final de 1984, o grupo gravou um compacto, com a música "Beat Acelerado", que obteve grande sucesso no Brasil. Em 1985, lançaram o LP Olhar. O grupo também participou da trilha sonora do filme brasileiro Rock Estrela, dirigido por Lael Rodrigues e Areias Escaldantes de Francisco de Paula. Nesse período outras músicas do grupo também fizeram grande sucesso no Brasil, como Tudo pode mudar (conhecida popularmente como No balanço das horas devido ao seu refrão) e Johnny Love.

A BANDA SEM VIRGINIE

O grupo passou a realizar inumeros e gigantescos concertos por todo Brasil (60 mil pessoas em Belem). O excesso de shows e de exposição, somadas as pressões comerciais, desgastaram a banda. No auge do sucesso, a cantora Virginie foi despedida deixando o Metrô em abril de 1986.
Convidaram então Pedro (d´Orey) Parq, ex-vocalista do grupo de rock português Mler If Dada, para substituir Virginie. Em 1987, lançaram o LP A Mão de Mao, álbum considerado "Cult", adorado e odiado por muitos. Virginie se juntou entao ao revolucionário compositor da "vanguarda paulista" Arrigo Barnabé (autor de Clara Crocodilo) tocando juntos em festivais e gravando uma obra inédita. Em 1987 formou uma nova banda, "Fruto Proibido", que lançou em 1988 apenas um álbum Crime Perfeito, acompanhada de musicos excelentes. Os outros cinco "Metrôs" se separaram em 1988. Yann foi convidado por Rita Lee e Roberto de Carvalho para assumir os teclados e foram pra Europa (Montreux Jazz Festival) etc. Alec e Xavier passaram a tocar com Kiko Zambianchi. Dany fez alguns shows com Nau (Vange Leonel, Zique, Beto Birger) (CBS) e com Okotô (André Fonseca, Cherry Taketani, Xavier, Andrei Ivanovic).

O RETORNO DA BANDA

Em 1990 Yann e Dany foram para Bruxelas onde formaram "The Passengers" (com Diako Diakoff e Denis Moulin) em 1992 lançando CD homônimo e fazendo vários shows pela Bélgica e França. Virginie casou-se com um diplomata e mudou-se para Namibia, depois Moçambique, Montevidéo e hoje vive em Madagascar. Anos depois, todos (com exceção de Virginie e Pedro D´Orey) voltaram ao Brasil.
Em fevereiro de 2002, Virginie, Dany e Yann se encontraram no Rio de Janeiro e lançaram um CD independente gravado totalmente de forma artesanal com apenas um microfone e um Pro Tools (BD Produções) em novembro o CD Déjà-Vu. distribuido no Brasil pela Trama e na Europa por Different World, com grande repercussão, que incluía composições inéditas e ainda regravações dos hits "Beat Acelerado" e "Johnny Love", além de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso) e "Mensagem de Amor" (dos Paralamas do Sucesso). O álbum ainda teve as participações especiais de Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Wally Salomão, Otto (ex-Mundo Livre S/A) e de Preta Gil, entre outros.
Xavier participou de algumas gravações (Achei Bonito, Johnny Love). Em 2003, Dany e Virginie convidaram o jovem tecladista Donatinho (então com 17 anos), e o guitarrista gaucho André Fonseca (Patife band/Titãs/Okotô/Inocentes) e que havia participado de Déjà-Vu para um tour que passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Moçambique, Londres, Paris e Lisboa.

2 comentários:

  1. Véio,
    uma dúvida?
    Por onde anda Andrei?
    Fazem uns 20 anos que não falo com ele...
    Como você citou ele, na formação do Okotô, você deve conhecê-lo, já que ninguém lembra ou conheceu o Okotô... rsrsrsrs
    Na época ele tocava com o Okotô e o Terço +ou- 1993.

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  2. oi não sei onde andarà Andrei...
    Màs estamos ai com Metro, de volta :
    https://www.facebook.com/metrobr/?fref=ts
    https://www.facebook.com/VirginieBoutaudmetro/?fref=ts
    https://www.instagram.com/metrooficialbrasil/
    grupo.metro.contato@gmail.com

    venham nos ver !
    Beijos
    Virginie

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